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Qual é o preço por ser você mesmo?


O texto de hoje vem de uma live que assisti do Psicanalista Narcizo Pieroni. Vou deixar o link da live no final deste texto para quem quiser assistir. Nesta live, Narcizo fala sobre a autenticidade, a sinceridade e o preço que se paga por ser você mesmo.


É um assunto que vem para a clínica psicanalítica, quando falamos do assujeitamento e da impossibilidade de conseguir se aproximar de quem se é. Somos feito de camadas de assujeitamento que impede que sejamos quem somos. Desde crianças, aprendemos que temos que nos adaptar a determinadas situações para sobrevivermos. Nesse mesmo contexto, levamos para a fase adulta essa mesma forma de ser. Já que funcionou quando criança, porque não funcionaria na fase adulta?


Com esse mesmo pensamento, vem uma música dos Engenheiros do Hawaii que diz "Somos quem podemos ser. Os sonhos que podemos ter". Será que somos quem podemos ser ou somos que achamos que devemos ser? E será que quem achamos que somos é de fato quem somos? Quais sonhos queremos tanto realizar e não realizamos pelo medo do que os outros iriam dizer? Por que me impeço de ser feliz? De ser eu mesmo?


Sair das certezas e nos colocarmos em dúvida é o que nos leva a começarmos a compreender que nos assujeitamos à medida que achamos que temos que caber no mundo, na realidade que vemos, a vida das outras pessoas. Achamos que as outras pessoas não gostarão de nós se formos quem somos realmente. Daí, a autenticidade vai ficando para depois.


Como dito na live, autenticidade é diferente de sinceridade. Ser autêntico é ser assertivo, como diz Narcizo. É saber se expressar sem a intenção de afetar o outro para não ser forçado, nem mesmo deixar seu desejo para depois e dizer sim quando se deveria dizer não.


As mudanças na clínica levam as pessoas a comportamentos diferentes, que resultam em um estranhamento das outras pessoas. Os analisandos até mesmo se estranham quando ouvem "Nossa, você está diferente! Não é a mesma pessoa! Não age mais da mesma forma. Quando essa mudança é percebida e faz bem para o analisando, ele diz "Estou fazendo análise e estou me conhecendo mais!" (já ouvi isso na clínica).


O preço da mudança pode ser caro ou barato. Mas do ponto de vista de quem? Quando estamos bem com a gente mesmo e com as mudanças que estão acontecendo, a mudança não acontece... ela se desfaz e dá espaço para uma nova forma de ser... a forma real, a autêntica. Então, ela vai ser cara ou barata para a outra pessoa que estava acostumada com a forma que éramos e não com a forma que somos. É por isso que a análise é tão importante e tem aquela frase tão popular:


"Eu mudei tanto e estou tão bem com isso que, para conviver comigo, vai ter que me conhecer novamente! Se quiser ficar, será bem-vindo. Se não quiser, também será bem-vindo, pois estou tão bem comigo, que consigo ficar bem tanto com a presença como com a ausência.

É importante conviver com as pessoas - precisamos disso, mas com quem quer conviver comigo por quem sou e não pelo que ofereço. Uma amizade autêntica não força você a ser quem você não é. Ela aceita você como você é. Deve haver uma reciprocidade! Aceitar quem eu sou, não quem eu deveria ser para o outro! O meu desejo também deve existir. Isso é ser autêntico!


Seja você em sua essência! Se conheça! Explore suas sombras e sua escuridão! Leve luz ao seu ser que está escondido do mundo! Aceite que você erra e que você pode ser diferente. Siga seus desejos, desde que eles não venha ferir outras pessoas. Saiba falar e, principalmente, escutar. Conviver bem com as outras pessoas não é fácil! Mas conviver bem com você mesmo é primordial!


Viva bem, pois a vida... Meu Amigo e Minha Amiga... não tem preço! Viver é uma passagem de ida... então, viva da melhor forma possível e vai... só vai, pois só tem uma forma de saber como será o amanhã, que é criando-o hoje! Do mais que vier, vamos lidando!


Boa vida!


Link para a live do Narcizo Pieroni:





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